sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Acompanhe alguns vídeos do Movimento

Alguns vídeos foram postados no site : http://br.youtube.com/ é só digitar no campo de buscas a frase: Mulheres que lutam e aparecerá vários vídeos feitos pelo nosso pessoal durante o fechamento de quartéis e reuniões, acessa lá...vale à pena!

Bjos, Kelen Oliveira

Deu no Jornal Nacional: Força Nacional de Segurança é chamada

Força Nacional de Segurança é chamada para ajudar policiamento em Santa CatarinaNo início da noite, o governo de Santa Catarina pediu ao Ministério da Justiça o apoio de tropas da Força Nacional de Segurança Pública. O objetivo é manter o policiamento prejudicado por uma paralisação de sargentos, cabos e soldados da Polícia Militar.Desde a segunda-feira, mulheres e filhos dos policiais em greve bloqueiam a entrada de alguns quartéis em Florianópolis e em cidades do interior. A Justiça considerou a greve ilegal e estipulou uma multa diária de R$ 90 mil à associação que organizou o movimento. O ministério disse que vai atender ao pedido.

Fonte: Site do Jornal Nacional

O quartel se fez lilás

O quartel se fez lilás

Por Elaine tavares – jornalista

Quem guarda a entrada do quartel que abriga o comando da Polícia Militar em Santa Catarina é uma mulher. Seu nome é Lucita e ela é esposa de um praça.. Decidida a mudar o rumo de sua vida, ela deixou para trás a casa, o filho, as obrigações de mulher do lar e veio lutar junto com mais outras centenas de mulheres de militares pelo cumprimento de uma lei aprovada em 2003 e que até agora não foi cumprida na íntegra.

A mulher de 42 anos é quem decide sobre quem entra e quem sai do lugar, porque neste movimento, deflagrado em 22 de dezembro, a três dias do natal, quem manda são as mulheres, colocando por terra todo o machismo típico do mundo militar.Na capital, por todo o quarteirão que abriga a corporação há barracas armadas nas portas centrais. Nelas, as mulheres dos praças estabelecem a ordem do dia e é delas que sai a voz de comando, a organização é militar. Afinal, foram elas que, decididas a tornarem-se sujeitos da história, venceram os maridos na proposta de ocupar os quartéis.

Como argumento traziam o dia-a-dia que é administrado por elas. “Nossos maridos chegam estressados, não têm as condições de trabalho e muito menos um salário digno. Enquanto isso, os oficiais já tiveram seus ganhos. Porque não os praças? Nós também queremos viver dignamente.”Acampados nas entradas dos quartéis, os militares, as esposas e filhos esperam sensibilidade por parte do governador, até porque esta decisão extrema não surgiu do nada.. Ela é fruto de meses e meses de frustradas negociações com um governo que se nega a ouvir a dor das famílias.

“A prioridade agora é com os atingidos pelas enchentes”, teria dito o secretário de Segurança na última reunião que acabou em nada. As mulheres sabem disso, mas entendem que tão trágico quando perder uma casa é perder a vida em serviço e sequer ser amparado pelo estado, como aconteceu com a mulher de um soldado morto em Antônio Carlos há pouco mais de um mês.

A promessa de 2003

A Lei 254 é uma antiga reivindicação dos militares catarinenses. Ela reorganiza a estrutura administrativa e a remuneração dos profissionais do Sistema de Segurança Pública da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão. Na prática inicia uma espécie de plano de carreira uma vez que estabelece a proporcionalidade remuneratória. Com ela, um coronel não pode ganhar mais do que quatro vezes o que ganha um soldado, o que eliminaria graves distorções que havia nos salários. A lei ainda elimina certos abonos e gratificações, incorporando-os ao salário e cria adicionais de atividade que deveriam ser pagos de forma parcelada.

Os dirigentes da Aprasc, Associação dos Praças de Santa Catarina, admitem que parte da lei já foi cumprida e que eles já tiveram ganhos, mas isso ficou pela metade. No caso dos oficiais, as vantagens que eles tinham – um abono de dois soldos e meio – já foram incorporadas aos salários, mas os praças ainda não garantiram essa parte do acordo. Isso significa que tudo segue como antes.Quando em 2004 o cronograma de pagamento começou a não se cumprir, os praças iniciaram uma movimentação reivindicando o seguimento do que estava estabelecido na lei. Naqueles dias, eles ouviram os argumentos do governo e acreditaram na boa vontade do governador Luis Henrique. Saíram com um abono de 250 reais e 20% de reajuste parcelado.

Mas não era o ideal. Em casa, as mulheres começaram a perceber que a lei só sairia do papel se houvesse uma luta mais acirrada. Mas, ainda assim, aceitaram o abono e seguiram com suas vidas, confiando que quando se faz uma lei ela deve ser cumprida. Mas não foi assim.

Novas movimentações nos quartéis

Quando o ano de 2005 chegou a Associação dos Praças voltou à carga pedindo o cumprimento da lei, mas a desculpa do governo era a Lei de Responsabilidade Fiscal. Não havia dinheiro para gastar com pessoal. “Por outro lado, havia dinheiro para o Fundosocial que nada mais é do que um recurso que vai para os amigos do rei”, insistem os praças.

Segundo eles, aos empresários nunca foi negado dinheiro, mas aos trabalhadores sim. Foi por conta desta choradeira de que não havia dinheiro para dar seguimento ao cronograma da lei que a Aprasc decidiu encomendar um estudo ao DIEESE para saber exatamente quanto o estado tinha de receita. Os dados foram surpreendentes. No ano da assinatura da lei, quando parte do dinheiro foi pago, a receita era de 300 milhões, e em 2008, com todos os argumentos de falta de verba, a receita estava em um bilhão e 100 milhões.

Como é possível não ter dinheiro para aqueles que cuidam da segurança do estado? Esta era a pergunta que não calava.No mês de maio de 2007, cansados de anos de mesas intermináveis de negociação, a Aprasc decidiu que estava mais do que na hora de dar um basta na confiança que os soldados, cabos, sargentos e subtenentes depositavam no governador. Depois de semanas de mobilização, mais de três mil praças vieram para a capital em uma grande manifestação em frente ao Centro Administrativo.

Naqueles dias, o governo já havia até concedido novos benefícios aos oficiais e os ânimos estavam acirrados demais.. E, de novo, o governador pediu confiança, encaminhando as negociações para o Conselho Gestor que envolve a Fazenda, a Administração e a Receita. Mas, ali, nada aconteceu e os praças voltaram para suas cidades de mãos abanando. Eles nem sabiam, mas as mulheres que os recebiam em casa, desolados, principiaram a se rebelar. “Só a gente sabe o que passa em casa, com o marido desesperado, cansado, se sentindo impotente diante de tudo isso, sem ter como botar comida na mesa e ainda correndo risco nas ruas. Foi aí que começamos a nos comunicar”, diz Denise Laurentino.

E as mulheres dominarão a terra

Por conta das atividades da associação muitas mulheres dos praças se conhecem. E deste conhecer social começou a surgir uma certa cumplicidade, afinal, só quem é mulher de policial sabe o que é viver a tortura de esperar a porta se abrir e o marido chegar, inteiro, vivo. Quando a lei 254 saiu em 2003 elas acreditaram que as coisas ficariam melhores, confiaram. Mas, com o passar do tempo, acompanhando a angústia e as lutas dos praças, perceberam que seria necessário colocar ali a colher. E não só a colher, mas o coração, a vida.

Por isso, quando a última rodada de negociação, em maio deste ano, acabou em nada, elas começaram a criar uma rede de comunicação em todo o interior. Então, enquanto os maridos estavam no trabalho, elas se penduravam no telefone para mobilizar. “Chamamos uma reunião na Aprasc e decidimos fazer um recorrido pelo estado todo. Fomos em 20 municípios, reunindo, conversando, chamando pra luta. Considerando que vinham mulheres de outros lugares chegamos a atingir até 100 municípios. Foi quando veio a chuva e a tragédia na região do Vale. Fizemos um levantamento e apuramos que havia 227 famílias de praças desabrigadas. Mobilizamos no atendimento destas famílias e isso ajudou ainda mais a nos aproximarmos umas das outras”, conta Edileuza.

Agora, quando dezembro chegou, elas decidiram botar o bloco na rua. Assim, no dia 11, realizaram uma Assembléia Geral das esposas que deliberou por uma ida à casa do governador, na Agronômica. A idéia era falar com a primeira-dama e pedir o seu apoio, como mulher e mãe. Mas, naquela tarde de sol, elas saíram mais do que queimadas. A primeira dama não as recebeu.

Havia chegado de uma viagem ao Marrocos e estava muito cansada. Além disso, avisara pelo porteiro, questões políticas não eram com ela. As mulheres contam esse episódio com lágrimas nos olhos, lembrando a profunda decepção. “Viemos em caminhada pela Beira Mar, cantando: o povo unido é um povo forte... Foi um momento de muita emoção. Havia gente do interior e as mulheres queriam fazer a diferença. Aquela negativa da primeira dama não foi suficiente para nos derrotar. Enfrentaríamos o que fosse para fazer valer a lei”.

Ocupações dos quartéis

A caminhada das mulheres terminou numa nova assembléia, desta vez com a presença dos praças. Havia mais de 300 e a proposta era ocupar o Comando Geral. Os policiais argumentavam contra e eram vaiados, ninguém as iria parar. “Decidimos que não íamos esperar pela direção da Aprasc, nós seríamos sujeitos desta história. Fomos para a Assembléia Legislativa e depois para o Comando Geral. Fechamos todas as saídas. Até o comandante ficou preso”, lembra Edileuza.

Naquele dia também o coronel Eliésio decidiu apelar para as vítimas da enchente, pedindo calma e compreensão às mulheres. Foi quando uma delas o surpreendeu: “Eu fui uma das que perdeu a casa na enchente e estou aqui. Preocupe-se comigo então!” Com lágrimas nos olhos ele decidiu abrir negociação e marcou reunião com o Secretário de Segurança. Confiantes, as mulheres suspenderam a mobilização e voltaram à mesa. Mas, tanto as lágrimas do comandante quanto a conversa com o secretário foram vãs. “Ele veio com a mesma conversa de que não tinha dinheiro, que estava ofendido com o Amauri (deputado Amauri Soares, que é dirigente da Aprasc), enfim, ficou na enrolação.

Saímos dali e fomos mobilizar. Entendemos que só a luta faz a lei”. Na volta para casa, cabisbaixas, as mulheres de Chapecó tiveram uma surpresa que levantou a moral. Ao descer do ônibus, os maridos as esperavam com rosas nas mãos. Naquele dia elas souberam que haviam iniciado um novo tempo em suas vidas.No dia 12 de dezembro outras delas estavam em Laguna e depois de uma reunião que mobilizou mais de 150 mulheres decidiram ocupar o quartel de Criciúma. Elas entraram e esvaziaram todos os pneus dos carros.

Na seqüência, outras 300 mulheres fecharam o quartel de Chapecó e o de Lages. Havia um rastro de pólvora lilás percorrendo o estado. Elas estavam de malas prontas para embarcar na viagem da defesa dos direitos. Nunca mais seriam as mesmas. Muitas nunca sequer levantaram a voz para o marido, agora estavam ali, donas de seus destinos, ocupando quartéis e decidindo as estratégias de luta. “A gente se rebelou, alguns maridos nem nos reconhecem mais”, diz Lucita.

O dia de Florianópolis

Na seqüência das ocupações, que de fato duravam só um dia, elas decidiram rumar para a capital. Chamaram uma grande reunião para o 22 de dezembro. Ninguém se importou com árvore, presentes, natal. Ou seria um natal digno ou não seria. “O secretário humilhou as mulheres, muitas vieram porque acreditavam numa negociação, acreditavam neste governo, elas ficaram tristes, mas decididas para vôos mais altos”.

Assim, quando o dia 22 amanheceu, estavam de novo no quartel e são elas as que organizam tudo. “Temos um comando e tudo é feito com disciplina militar. Nós conhecemos isso. Também estamos no comando geral do movimento, junto com os dirigentes da Aprasc. Nós somos um movimento autônomo”, diz Edileuza.

O que era para ser só um dia se estendeu porque o governo decidiu endurecer. As mulheres têm claro de que não dá mais para confiar em promessas. Ou o governo apresenta um cronograma para o pagamento do que diz a lei, ou elas não saem dali. A noite de natal foi a prova viva de que nada esmorece essa luta. Algumas estão longe de casa a dias, longe dos filhos pequenos.

Tal como Lucimar Lindmar, que veio da cidade Maravilha. Ela falou com os filhos pelo telefone e não agüentou a emoção. Entre lágrimas explicou que estava ali para ajudar a luta do pai e que se estava longe da família de sangue, estava com a família militar, que é importante também. “Hoje eu sei que sozinho a gente não faz a diferença, mas, juntos, lutando pelos nossos direitos, a gente consegue”.

A política do medo

O governo do estado não apenas faz ouvidos moucos como também uma guerra psicológica. Todas as noites correm os boatos de que o pessoal do BOPE (espécie de tropa de elite) vai aparecer e levar todo mundo. “Eles ligam dizendo que a tropa está em formação, que virão com os cavalos, os cães. Usam estas táticas para amedrontar, afinal, grande parte das mulheres que ali estão nunca fizeram movimento” conta Edileuza.

Mas, o medo ainda não venceu ninguém. Nem mesmo a ameaça de usar o Conselho Tutelar para tirar as crianças das mães que estão acampadas ou a notícia da chegada da Força Nacional de Segurança. “Em todas as nossas manifestações nós fizemos a Ciranda, que é um jeito de cuidar das nossas crianças. Sempre tem alguém tomando conta enquanto as demais estão no combate. É muito bonito ver as esposas que não foram criadas para a política fazendo esse movimento. A gente se tornou útil e ninguém vai tirar isso de nós. A gente era um botão e desabrochou”, diz Lucita.

A decisão do governo de trazer a Força Nacional só deu mais respaldo ao movimento porque mostra que o governo tem sim dinheiro para resolver a questão. Os trabalhadores do estado só querem o que é seu direito e os guardas da Força Nacional vão levar 130 reais por dia cada um. Como é que para eles tem dinheiro? Por que o governo não resolve a questão estabelecendo um cronograma de pagamento? Por que insistir em chamar de motim um movimento que só quer o cumprimento da lei? Estes são questionamentos que ficam pulando por entre as tendas armadas nas entradas dos quartéis.

As perspectivas

Entre as mulheres, dê o que der esta manifestação que iniciou no dia 22, há o consenso de que ela já foi vitoriosa. Mostrou a capacidade de organização, a força, a coragem de todas elas. E mais, decidiram que vão criar uma Associação das Esposas dos Praças, para tornar ainda mais forte a mobilização. “Hoje é a lei 254, mas ainda há muita coisa para conquistar. Nossos maridos trabalham sem condições, estão expostos a riscos, nós vamos continuar lutando.. Esse movimento revelou que muitas de nós estávamos adormecidas. Mas nós despertamos.”

Elas também estão dispostas a passar a virada do ano em frente aos quartéis, acampadas, batalhando pelo cumprimento da lei. Só uma coisa pode tirá-las da luta agora: um cronograma de pagamento daquilo que é direito.Quem as vê, vestidas de lilás, com a camiseta que grita em maiúscula: “Mulheres na Luta”, a dar ordens, organizar guarda, comandar a tropa, não têm dúvida de que o que não lhes falta é coragem para enfrentar o que vier. Mas, apesar do aço do qual estão revestidas, elas também sabem se enternecer, como Edileuza a lembrar da caminhada sob o sol, com as mulheres cantando canções de luta. Ela pára, embarga a voz e deixa que escorram duas grossas lágrimas. Chora de alegria, de orgulho, de amor.

E assim, no dia quente de verão, essas mulheres loucas vão se fortalecendo, seja com a chegada de novos companheiros da região oeste, seja no abraço apertado de uma criança. Ao lado delas estão os maridos (nem à frente, nem atrás), submetidos às suas ordens. Mulheres-comandantes, insurgentes e rebeldes, no caminho do ainda-não. Enquanto isso, lá no palácio os governantes tramam contra os trabalhadores. História antiga, história velha, mas sempre com a possibilidade do imponderável. Como as mulheres dizem: “se a gente está junto a gente pode vencer”. Quem duvida?

Nota púlica da APRASC: Em defesa da segurança pública e dos servidores

A Associação de Praças de Santa Catarina (Aprasc) se dirige à população, imprensa e autoridades do governo para comentar as primeiras declarações feitas pelo governador Luiz Henrique da Silveira nos dias 25 e 26 de dezembro.

1 – Lei 254
Os praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, em conjunto com o Movimento das Esposas e Familiares, estão mobilizados em defesa da segurança pública para toda a sociedade e em defesa da dignidade dos servidores. Nossa principal reivindicação é o cumprimento da Lei 254, sancionada em 2003, que prevê o reajuste salarial de todos os servidores da área, que estão há três anos com os salários congelados. A última vez que o governo negociou efetivamente foi em 10 de outubro de 2005.

O governo apresentou reiteradas promessas de pagamento até 2006. Em fevereiro de 2007, durante uma assembléia dos praças, também prometeu apresentar uma proposta concreta em 15 dias, e, de quinzena em quinzena, o Executivo vai postergando a apresentação de um cronograma de pagamento.

2 - Enchentes
O governo está transformando a tragédia de Santa Catarina em refém de sua posição de não negociar salário; está usando a desgraça alheia para justificar sua falta de vontade política.Solidária às vítimas das enchentes e desmoronamentos, a Aprasc interrompeu temporariamente o cronograma de mobilização, em 22 de novembro, justamente para que os policiais e bombeiros militares pudessem atender as vítimas da melhor maneira possível.

Acreditamos que, se não fosse o trabalho dos praças nos locais da tragédia, o número de vítimas poderia ser muito maior. Nosso pessoal também foi vítima da calamidade: mais de 200 PMs e bombeiros foram vítimas da tragédia.Naquele momento, o governo (e todos os escalões) suspendeu unilateralmente as negociações e cancelou todas as reuniões com os representantes dos servidores da segurança pública, sem apresentar qualquer justificativa.

3 - Lei de Responsabilidade Fiscal
Reconhecemos que a Lei 254 está limitada pela Lei de Responsabilidade Fiscal, no entanto, através de dados fornecidos pela Secretaria da Fazenda, sabemos que há folga orçamentária para cumprimento da lei. Em 2005, o gasto da Receita Corrente Líquida com salários foi de 39,92%. Distante, portanto, do limite legal (49%) e do limite prudencial (46,55%). O governo se utiliza ainda do expediente de incluir outros itens, além dos salários, para aumentar a porcentagem de gastos da receita. Isso quer dizer que a disponibilidade no Tesouro depende de boa vontade do governo.

A boa vontade do governo só existe para os grandes grupos econômicos, através dos diversos incentivos fiscais aprovados ao longo dos últimos anos. Mais recentemente, estão para ser aprovadas até o final do ano na Assembléia Legislativa duas medidas provisórias que ampliam ainda mais a isenção fiscal.

4 – Nosso movimento
Nosso pessoal que está participando das manifestações são os melhores servidores da segurança pública, em todo o Estado. São os mais treinados e aguerridos combatentes na luta contra a criminalidade e em defesa da população, que dedicam a própria vida em favor do conjunto da sociedade. O governo não tem o direito de tratar esses servidores como bandidos. Devemos ser tratados com mais respeito, até porque, por mais de uma vez, apoiamos esse governo nas eleições e confiamos em suas garantias.

Nosso movimento é pacífico e organizado. Estamos nos quartéis, nosso local de trabalho, mantendo a ordem, a disciplina e preservando o patrimônio público em defesa de uma segurança pública de qualidade para toda população catarinense. Por iniciativa da Aprasc, foi apresentado um conjunto de propostas e condições para interromper a paralisação imediatamente, mas o governo foi inflexível e interrompeu qualquer tipo de conversação. Entre as condicionantes estava a sustação da ação judicial e a garantia de que não haveria perseguição aos praças que participam das manifestações.

Pedimos o apoio de todos os policias, bombeiros e agentes prisionais para se integrarem ao nosso movimento. Pedimos também a compreensão da população e seu apoio. Nossa luta continua por tempo indeterminado.

Associação de Praças do Estado de Santa Catarina - APRASC

Madrugada começa tensa, mas suposta invasão não se concretiza

A madrugada do dia 26 começou tensa com a informação vinda de vários pontos da Capital e do interior de que forças especiais estariam se mobilizando para desocupar, à força, o quarteirão que engloba o Quartel do Comando Geral, o 4º Batalhão e a Dalf. O comando do movimento dos praças e familiares tomou as medidas necessárias de segurança, como a obstrução dos portões com barreiras e o fortalecimento das entradas mais importantes.

No local, se encontra entre 150 a 200 pessoas, entre praças e familiares, de diversas regiões do Estado e da Grande Florianópolis. O objetivo do movimento era resistir pacificamente, de acordo com o sargento Edson Fortuna. "Nós vamos resistir a qualquer a invasão por quem quer que seja. Nossa resistência vai ser pacífica, não vamos usar armas, nossos corpos e nossas palavras serão nossas armas", disse. Avisada, a imprensa compareceu ao local para registrar o momento.

O presidente da Aprasc, que acompanhava o movimento em local reservado, compareceu ao local de paralisação e informou que o coronel Eliésio Rodrigues lhe deu garantias que a mobilização das forças especias e fiéis ao comando da PM não se tratava de uma tentativa de agressão, mas uma forma de suprimir a falta de policiamento na Capital. Ainda segundo Soares, realmente houve uma movimentação por alguns oficiais, que não fazem parte do Estado Maior da Polícia, para desobstruir os quartéis, mas o coronel Eliésio interviu e desautorizou atitudes dessa natureza para evitar enfrentamento.

A ameaça de invasão promoveu uma qualificação nas medidas de segurança e organização do movimento. "A nossa orientação é que todos os praças estejam aptos para e em condições de, mas quando baseados em informações reais e confirmadas, e não boatos e influenciados por uma guerra psicológica", explicou Soares.

Paralisação de militares catarinenses chega a 34 unidades e 172 viaturas

A paralisação das instituições militares em Santa Catarina, deflagrada na manhã de 22 de dezembro, já conta com 34 unidades militares totalmente paralisadas, entre batalhões, guarnições especiais, pelotões e destacamentos.A principal reivindicação da Associação de Praças de Santa Catarina é o cumprimento da Lei Complementar 254, sancionada em 2003.

A Lei 254 estabelece um reajuste escalado de salários, de até 93%, em que o menor seja apenas um quarto do maior. Até agora foi pago apenas metade do que o governo estabeleceu. A última vez que os praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros receberam reajuste salarial foi em 15 de novembro de 2005. A Aprasc também quer que efetivação do Plano de Carreira, aprovado em 2006, para que as promoções e movimentações funcionais ocorram mais rapidamente.

Unidades militares paralisadas
01 – Quartel do Comando Geral – QCG;
02 – Diretoria de Apoio Logístico e Financeiro – Dalf;
03 – 4º Batalhão PM – Centro – Capital;
04 – 11º Guarnição Especial – Norte da Ilha de SC;
05 – 7º Batalhão PM – São José;
06 – 16º Batalhão PM – Palhoça;
07 – Polícia Ambiental do Rio Vermelho – Florianópolis;
08 – 4ª Cia do 16º Batalhão PM – Santo Amaro da Imperatriz;
09 – 11º Batalhão da PM – São Miguel do Oeste;
10 – 12º Batalhão PM – Balneário Camboriú;
11 – 2º Batalhão PM – Chapecó;
12 – 2ª Cia do 16º Batalhão PM – Garopaba;
13 – Bombeiro do Centro da Capital;
14 – Copom Grande Florianópolis;
15 – 6º Batalhão do Bombeiro Militar – Chapecó;
16 - Pelotão de São Carlos;
17 - Pelotão de Aguas de Chapecó;
18 - Destacamento Águas Mornas;
19 - Destacamento de Angelina;
20 - Pelotão de Itapiranga;
21 - Pelotão de Mondaí;
22 - Pelotão de Riqueza;
23 - Pelotão de Racho Queimado;
24 - Companhia de Dionísio Cerqueira;
25 - Pelotão de Maravilha;
26 - Destacamento de Iraceminha;
27 - Destacamento de Flor do Sertão;
28 - Destacamento de Modelo;
29 - Destacamento de Cunha Porã;
30 - Destacamento de Sul Brasil;
31 - Destacamento de Serra Alta;
32 - Destacamento de Bom Jesus do Oeste;
33 - Destacamento de Tigrinhos;
34 - Destacamento de São Miguel da Boa Vista.

Viaturas indisponíveis
Florianópolis = 64 viaturas
Chapecó = 20 viaturas (100%)
São José = 15 viaturas (100%)
Palhoça = 18 viaturas + 12 motocicletas + 02 viaturas do GRT + 1 microônibus (100%)
Balneário Camboriú = 15 viaturas (100%)
Garopaba = 05 viaturas + 6 motocicletas (100%)
Dionísio Cerqueira = 01 (100%)
Águas Mornas = 02 (100%)
Santo Amaro = 08 + microônibus do trânsito + 4 motos (total)
São Miguel do Oeste = 05 (viaturas) + 02 da Polícia Ambiental + 01 (presídio) (100%)
Mondaí = 03 viaturas (100%)
Riqueza = 01 viatura (100%)
Maravilha = 07 viaturas (100%)
Cunha Porã = 03 viaturas (100%) + 1 motocicleta

Total = 172 viaturas
Leia as notícias, fotos e vídeos no Blog Lei 254 Já!http://www.aprasc.org.br/forum/index.php?blog=15

Nota do movimento das esposas e familiares de praças de SC

Nós esposas e familiares dos Policiais e Bombeiros militares de SC estamos nos mobilizando junto com todos os nossos em busca do cumprimento da lei 254. Essa lei foi construída por todo o governo e por entidades representativas dos servidores tendo sido sancionada pelo atual governador há cinco anos. Trata da política salarial dos servidores da segurança pública, com o objetivo de restabelecer a justiça salarial numa escala vertical de salários, onde o menor salário seja pelo menos ¼ do maior salário.Em 2004 e 2005 o governador fez algumas concessões, com abonos que somam R$ 290,00 e 20% da gratificação de atividade.

Mas já faz três anos que o governo não apresenta nenhuma proposta de incremento salarial para os servidores da segurança, não obstante todas as nossas tentativas de negociação em todo esse período.Estamos nessa luta, que é justa e legítima, em busca de dignidade, respeito de valorização de nossas famílias. É preciso esclarecer à população catarinense que conhecemos a realidade de nossos lares, a dificuldade na hora de ir ao mercado, de procurar assistência à saúde, colégio e moradia.Por todos esses motivos estamos há cinco dias em frente aos quartéis.

Passamos o natal e, se preciso for, entraremos 2009 unidos e fortes junto com nossos familiares policiais e bombeiros militares. Não abandonaremos essa luta! Vamos sim buscar fortalecê-la a cada dia.É importante esclarecer algumas inverdades que o governo Luiz Henrique e outras autoridades vêm divulgando:
1 – O Movimento das Esposas e Familiares é autônomo e independente, sendo assim, estamos aqui por livre e espontânea vontade. Ninguém está nos usando ou forçando a ficar na frente dos quartéis;
2 – Não existe motim de policiais e bombeiros, pois nossa arma mais potente é nossa vida e nossa disposição de persistir. Estamos, sim, em manifestação pacífica!
3 – É preciso que o governador do Estado assuma diante da população de Santa Catarina que a culpa da situação da segurança pública tem nome e sobrenome: Luiz Henrique da Silveira, Nós procuramos vários canais de negociação e não foi apresentada nenhuma proposta. Ou seja, faltou vontade política para resolver ao longo dos três últimos anos e não deixar chegar aonde chegou;
4 – É preciso que a cúpula da segurança pública para de enganar a população, respeite o povo catarinense e os turistas, e fale que a segurança está comprometida;
5- É preciso dizer que só encerraremos o movimento das esposas e familiares quando for acertado que não haverá punição a nenhum de nossos familiares.Nós esposas e familiares de praças, queremos juntas com nossa família construir outra história para os praças de Santa Catarina, uma história de dignidade e respeito, porque nós temos esse direito e porque a sociedade precisa de policiais e bombeiros conscientes de sua missão.

MOVIMENTO DAS ESPOSAS E FAMILIARES DE PRAÇAS – Mulheres que Lutam!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Moacir Pereira II

O governo jogou tudo contra a greve dos militares convocada pela Aprasc, com apoio do deputado Sargento Soares. Convocou o novo secretário da Fazenda, Antônio Gavazzoni para conceder coletiva à imprensa e acionou a Justiça, onde conquistou liminar de decretação da ilegalidade.

O movimento parou vários postos policiais e unidades militares na capital.

Postado por Moacir Pereira às 21h59

Nota do Moacir Pereira

Terça-feira, 23 de dezembro de 2008

A Greve

Ganhou dimensão surpreendente a mobilização dos militares que reivindicam a efetiva aplicação da Lei 254, aprovada pelos deputados governistas há mais de cinco anos. Há situações delicadas e inéditas dentro da Polícia Militar.

A impressão que fica é que as autoridades de segurança e o governador Luiz Henrique subestimaram a capacidade de organização e a determinação dos integrantes da Policia Militar de Santa Catarina.

Postado por Moacir Pereira às 10h49

Veja as fotos tiradas no 12° BPM e na Unidade do Pantanal













By Kelen Oliveira


Balanço do primeiro dia de manifestação

Desde que foi deflagrada a manifestação dos praças e do movimento das esposas em Santa Catarina, na segunda-feira 22, várias unidades da Polícia Militar estão paradas. As paralisações começaram por volta das 6 horas da manhã, continuaram durante todo o dia e anoite e prometem se estender para o dias seguintes, com novas adesões.

Estão sendo mantidas apenas as ocorrências que colocam a vida em risco.As primeiras unidades a paralisar são o Pelotão de Policiamento Tático (PPT), localizado no bairro Pantanal, na Capital; a 12ª Guarnição Especial do Continente; a 11ª Guarnição Especial, do Norte da Ilha; o 12º Batalhão da Polícia Militar, em Balneário Camboriú. Logo em seguida, foi tomado o quarteirão que compreende o Quartel do Comando Geral, a sede do 4º Batalhão da PM e a Diretoria de Logística e Financeira (Dalf). O 18º Batalhão da PM, em Palhoça, foi trancado ainda no horário de almoço.

Também na Grande Florianópolis, foi paralisado o 7º Batalhão da Polícia Militar. Nas duas unidades, as guarnições que chegaram para trabalhar a noite abandonaram o serviço sem resistência e encostaram as viaturas que ainda estavam em funcionamento.Em Laguna, todo o policiamento da região do Litoral Sul está comprometido com o fechamento da 9ª Guarnição Especial da PM, prejudicando a Operação Veraneio.

A mesma situação acontece no Litoral Norte, região do 12º BPM.Às 15 horas, foi fechado o 11º Batalhão da Polícia Militar, em São Miguel do Oeste. Mais tarde a Companhia de Santo Amaro também foi paralisada.A avaliação do presidente da Aprasc, deputado Sargento Amauri Soares, é que as adesões vão aumentar ao longo da terça-feira, 23, principalmente no horário de troca de serviço, entre às 6h e 8 horas.

Mais informações acesse o Blog Lei 254 Já através do forumhttp://www.aprasc.org.br/forum/index.phpou diretamente:http://www.aprasc.org.br/forum/index.php?blog=15.0

Veja como foi o primeiro dia de paralisação no 7° BPM

O grande dia de mobilizações deflagrado pela Aprasc e pelo Movimento das Mulheres e Familiares de Praças ontem (22), continua no dia de hoje e não tem hora para acabar. Batalhões de diversas regiões do estado foram fechados e na Grande Florianópolis a adesão foi praticamente de 100% do efetivo.

As manifestações ocorreram de forma pacífica na maioria dos quartéis, embora alguns incidentes tenham sido registrados por conta de oficiais que tentaram forçar a saída de viaturas provocando pequeno tumulto.

Apesar de a paralisação ter afetado grande parte do estado, os representantes do governo insistem que não haverá negociação salarial para este ano. A categoria que conta com o apoio de familiares e amigos também não parece disposta a desistir da luta pela lei 254.

No 7° BPM, onde passei a maior parte do tempo, mais de 10 viaturas foram baixadas (tiveram os pneus esvaziados) e os policiais que se dirigiam até o local foram solidários ao Movimento. Nem o sol forte, nem a chuva fina no meio da noite impediram que o pessoal continuasse de prontidão. Embora cansados, todos permaneceram em frente ao quartel na expectativa que o governo cumpra a lei.

Veja as fotos da paralisação no 7° Batalhão, em São José:


















Kelen Oliveira

sábado, 20 de dezembro de 2008

Sindicatos divulgam nota de apoio ao Movimento das Esposas e Familiares

Leia abaixo a íntegra da nota de apoio divulgada por sindicatos e movimentos sociais de Santa Catarina:

NOTA DE APOIOTODO APOIO AO MOVIMENTO DAS ESPOSAS E FAMILIARES DOS PRAÇAS!

As entidades abaixo assinado, dos mais diversos setores populares, do movimento sindical, estudantil, da luta pela terra, vem a público manifestar sua solidariedade ao movimento das esposas e familiares dos praças da policia e do bombeiro militar.Depois de mais de 3 anos que o governo de Luiz Henrique não negocia o salário dos trabalhadores em segurança, precisamente o não cumprimento da Lei 254, os familiares desses trabalhadores em especial suas esposas deflagram um vigoroso e legítimo movimento reivindicatório em apoio a seus companheiros que prestam serviço na segurança pública.

A legitimidade e a força desse movimento anima a todos os lutadores populares pois essa é uma luta também da nossa classe. Destacamos:1º) É legitimo pois ao assumir a vanguarda da luta salarial dos praças suas esposas e familiares lutam por uma segurança realmente pública, denunciando explicitamente o regimento disciplinar interno da policia militar que serve de mordaça aos militares que não podem lutar por seus direitos, que não podem fazer greve, que não podem ser protagonistas da segurança pública, tornando essa instituição um aparato repressivo dos opressores;2º) É legitimo pois luta por uma causa legítima: o reajuste salarial dos praças, garantido pela Lei 254 e não cumprida pelo governador.3º) É, acima de tudo, legítimo pois é uma inovação na luta popular em Santa Catarina.

Essas esposas e seus familiares ao assumir a causa salarial dos praças estão lutando por melhores condições de vida, por saúde, educação e segurança publicas. Ou seja, não é apenas uma luta específica mas sim de toda nossa classe que vive espoliada por governantes e empresários que deterioram os direitos sociais para transformá-los em lucro de uns poucos.Por fim, esse é um movimento potencialmente criador. O protagonismo é das mulheres! Isso nos revela a necessidade de uma sociedade justa, com qualidade de vida e distribuição da riqueza social para todos e também substancialmente igualitária entre homens e mulheres.A força delas é nossa força também! Juntos todos nós lutaremos por nossa liberdade e um futuro humanamente promissor.

Desde já exigimos do governo o cumprimento da Lei 254, o atendimento de todas as reivindicações justas dos praças, suas esposas e familiares.

Assinam:
MUCAP - Movimento Unificado contra as Privatizações;CONSULTA POPULAR;SINDSAUDE – Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde Público Estadual e Privado da Grande Florianópolis;SINTE Florianópolis - Sindicato dos Trabalhadores em Educação Regional Florianópolis; SINASEFE – Sindicato Nacional dos Servidores Federal da Educação Básica Federal e Profissional;SINDPREVS – Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Serviço Público de Santa Catarina;MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra;SEEB – Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região;SINERGIA – Sindicato dos Eletricitários de Florianópolis.

Revolta: mais uma reunião sem proposta de pagamento para os praças

A conversa entre as mulheres dos praças e o secretário de segurança,Ronaldo Benedet que iniciou com atraso, também não representou nenhum avanço nas negociações pelo cumprimento da Lei 254. O objetivo era que fosse apresentado, pelo menos, um cronograma de pagamento, mas outra vez a reunião ficou só na promessa.

Se por um lado, o governo só sabe prometer, por outro, ele dessa vez bate de frente com um Movimento que faz acontecer. A conversa já começou mal quando Benedet afirmou não ter um calendário a apresentar à categoria e daí para frente só piorou, tendo em vista o descaso dos representantes governistas para com as esposas de praças. A revolta foi geral, entre murros na mesa e muito choro, ficou o aviso: “Nós vamos parar a Polícia Militar, Santa Catarina vai saber como está a situação dos praças do estado. Não vamos esperar até janeiro, se nosso natal vai ser amargo, o governo vai ter que arcar com as conseqüências”, afirmaram as mulheres.

Ao sair da reunião, o grupo já entrou em contato com as demais coordenadoras do Movimento que estão em Lages, onde outro Batalhão foi fechado no dia de hoje. Agora toda a articulação está centrada para o dia 22 (segunda-feira), quando praças e familiares se reúnem na capital para uma grande manifestação.

Kelen Oliveira, assessora de imprensa.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Hoje termina o prazo para a apresentação de um calendário de pagamento para a segurança pública

Hoje às 14 horas, foi designada uma comissão de mulheres de diversas regiões do estado para uma reunião com o secretário de segurança pública, Ronaldo Benedet. Após fechararem o Batalhão de Chapecó por várias horas no dia de ontem (18), elas conseguiram "sensibilizar" o governo a abrir uma nova negociação. Dessa vez, porém, deixaram claro que ou o secretário apresenta um calendário de pagamento da lei 254, ou não haverá conversa. Aliás, elas só deixaram o Batalhão de Chapecó sob essa condição. Chega de enrolar, 254 já!


Kelen Oliveira, assessora de imprensa

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

4° Batalhão é o primeiro a ser fechado pelas mulheres!

O Movimento das Esposas e Familiares dos Praças realizou nesta quinta feira, 11 de novembro, a sua primeira assembléia geral lotando o auditório da Associação Catarinense de Medicina (ACM), para definir o caráter autônomo do movimento, as lideranças regionais e as ações que executarão até o grande dia. Participaram cerca de 400 mulheres e familiares de várias regiões do Estado: Oeste, Extremo Oeste, Sul, Norte e Planalto Central.

Durante a assembléia, as mulheres defenderam suas opiniões acerca da forma de luta e decidiram sair em passeata até o Centro Administrativo onde esperavam ser atendidas por algum secretário do governo, já que enviaram um ofício agendando uma reunião dias atrás.
Como já se era esperado, não foram recebidas por nenhum representante do governo no Centro Administrativo e decidiram levar adiante o ato definido na Assembléia Geral que consistia em fechar o 4º Batalhão da Polícia Militar.


Por volta das 14 horas, o movimento chegou com faixas, apitos, cornetas e palavras de ordem, em frente ao batalhão, não permitindo que os veículos saíssem, paralisando o quartel por algumas horas. A mobilização foi reforçada com a presença dos diretores da Aprasc, que ficaram na retaguarda dando apoio.

Durante este processo houve excessos por parte de alguns oficiais que ofenderam, agrediram e jogaram os seus carros para cima das esposas, que resistiram heroicamente. Há relato de que um tenente agrediu fisicamente uma mulher, apertando o braço. A Aprasc tem imagens do incidente e vai denunciar junto ao comandante geral da PM.

As entradas do batalhão ficaram fechadas até as 17 horas. Após a liberação dos portões, o movimento realizou outra assembléia defronte ao 4º Batalhão, prometendo continuar com a paralisação dos quartéis de várias regiões do Estado caso o governo não apresente uma proposta concreta para o pagamento da Lei 254 até o dia 22 de dezembro.


O secretário da Segurança Pública, Ronaldo Benedet, se comprometeu em receber uma comitiva do Movimento das Esposas e Familiares na sexta-feira (12/11), às 13 horas, na Secretaria de Segurança Pública para apresentar uma posição do governo.

Mais um batalhão foi fechado, dessa vez em Chapecó

O movimento das esposas e familiares de praças fechou na manhã de hoje (18) o 2° Batalhão de Chapecó, oeste de Santa Catarina. Segundo informação de uma das coordenadoras, o ato é pacífico e não houve nenhuma espécie de tumulto. Todos os portões foram tomados pelas mulheres às 06h30min da manhã e a mobilização não tem hora para acabar.


No decorrer do dia o número de manifestantes ganhou força de regiões vizinhas e nesse momento, cerca de trezentas pessoas estão distribuídas nas quatro entradas do batalhão. Quase todas as viaturas que estavam estacionadas em frente à guarnição tiveram seus pneus esvaziados, o efetivo da troca de expediente das 13 h foi impedido de adentrar e aceitou o fato com tranqüilidade, mostrando simpatia pelo ato.


As mobilizações vão continuar em todas as regiões do estado até que o governo manifeste alguma iniciativa de negociação. No último dia 15, Criciúma também teve seu batalhão tomado pelo Movimento.


Kelen Oliveira, assessora de imprensa.

Mulheres fecham Batalhão em Criciúma

Movimento de Esposas e Familiares de Praças de Santa Catarina fecha o Batalhão Tenente Coronel PM Celito Eyng, em Criciúma. O ato de protesto aconteceu na segunda-feira (15) e durou cerca de 3 horas. Uma das coordenadoras do movimento, Lucita Cota Pereira, afirmou que enquanto o governo não definir um calendário de pagamento para o cumprimento da Lei 254, outras regiões do estado também terão seus batalhões fechados e não haverá Operação Veraneio.

Caminhando rumo ao Batalhão a mulherada faz barulho para chamara atenção da vizinhança!

Já bem instaladas, cobrem os portões com faixas de reivindicação!

Ela ainda avisa que o Movimento está organizado e tem crescido muito nas últimas semanas. No último dia 11, elas fecharam todos os portões do 4° Batalhão de Florianópolis, provocando a ira de alguns oficiais. Assembléias regionais estão sendo organizadas para definir o cronograma de mobilização das mulheres, que ainda essa semana fecharão mais dois quartéis.
“Hoje faz exatamente cinco anos que a lei foi sancionada, não podemos esperar mais,enquanto o secretário Benedet não nos atender e nos dar uma resposta concreta, não vamos deixar os maridos trabalharem, queremos a 254 já”, completa Lucita.


Por aqui viaturas fizeram filas para sair, mas tiverem que dar meia volta, ninguém saiu!

Quem tentou sair, enfrentou a fúria da mulherada e acabou desistindo!

Quando viu que não tinha saída (literalmente), o coronel chamou a mulherada para uma conversa. Mas o assunto ele também já estava (literalmente, heheh) careca de saber!

Kelen Oliveira, assessora de imprensa

sábado, 13 de dezembro de 2008

Reunião com Secretário de Segurança

Ontem fomos participar de uma reunião as 15 horas com secretário de Segurança Ronaldo Benedett.
O secretário colocou as dificuldades de cumprir a Lei 254, disse também que o Estado de SC esta passando por um momento dificil devido as enchentes e desmoronamentos, também tem o problema da crise mundial.
Nós falamos a situação em que se encontra todos os policiais e BM de SC, que o que falta é vontade politica e também que se a arrecadação tem crescido como não pode pagar a 254?
Colocamos a decisão de assembléia e avisamos que não terá operação veraneio em SC se não apresentar um calendario de pagamento e abrir negociação imediata com a APRASC, os verdadeiros representantes dos praças de SC.
Portanto ou paga a 254 já !Ou vamos parar a segurança em SC! e não adianta mandar turista vir que tá tudo bem pois não está!!!
Essa semana vai ter muita novidasde!!!
Até dia 22/12 quando paramos tudo!!!!!
Edileuza

Aviso para a Grande Florianópolis

Mulheres da Grande Florianópolis, entrar em contato urgente com Edileuza ou Lúcia!

E-mail: edifortuna@yahoo.com.br ou lucitacotapereira@hotmail.com

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Tudo pelo cumprimento da 254/2003



Se depender do governo de Santa Catarina, nosso estado não terá policiamento
durante esse verão!!!!!!
Nosso excelentíssimo governador se nega a pagar a lei 254 de 2003....Que nos dá o direito ao
reajuste aprovado...!!!! E com isso, tudo vai PARAR !!!!!!

Há Deputados, que tem a cara de pau de dizer em público que sabe que é justa a reinvindicação, mas que o governo não tem capital para esse reajuste! E agora usa como desculpa a desgraça que aconteceu em nosso estado, para parar as negociações! Nos deixando como cachorros, que não tem direito à nada! Nós, mesmo em situação como esta,somos solidários dividindo o pouco que temos com nossos irmãos desabrigados....
e com as guerreiras mãos de nossos Bombeiros Militares e Policiais Militares, salvando vidas e arriscando as suas pelo próximo!

Não vi políticos, arregaçando as mangas e ajudando nos desmoronamentos e alagamentos...Nunca se perguntaram, oque nós esposas sentimos qdo nossos maridos saem em resgates como esses? Nunca imaginaram oque é ver seu esposo se despedir, saindo em serviço, e vc pensar... Será que ele volta? Não quero ter que receber um dia a bandeira de cima do túmulo de meu marido! Pois se um dia isso acontecer! Levo pessoalmente essa mesma bandeira, para nosso governador, usar ela pra fechar o seu! Ah esqueci! ele não precisaria, pois tem puxa sa... o bastante, para levar uma e fingir que ele à merece!

Pergunto, e os gastos do governo? Vcs imaginam a fundo os benefícios de um governante!

Imaginem que até pra se vestirem, eles recebem auxílio! Além de seus gordos salários...
Se minha família tivesse, moradia, alimentação, ensino,vestuário,telefone, internet,água, luz,plano de saúde,transporte de graça, e ainda a merrequinha que o governo paga à seus militares; não seria necessário o reajuste à que temos direito!!!!!

Mas como não somos previlegiados, como vcs do DESGOVERNO, estamos penando....

Nós esposas de militares e militares, temos que aprender a boicotar! Nossos maridos tem restrições em manifestações, mas nós não! E qdo há eleições, os políticos lembram que nós existimos!
Então vamos mostrar que fazemos diferença , sim!
Tenham consciência, que não se deve puxar sac.... de políticos..... eles mesmo não dizem:- queremos governar junto com vc?

Eles não são os caras que NÓS EMPREGAMOS?!
Então por que temer, a cobrança de um funcionário meu e seu?!

Dia 11 de dezembro, estaremos aí governador!!!!! Para lhe dar um BOM DIA !!!!!!


Ana Paula Machiaveli



Dia 11 de novembro: retomada dos protestos das esposas


Retomando a mobilização em torno da luta pelo pagamento da Lei Complementar 254, de 2003, o "Movimento das Esposas e Familiares de Praças" realiza novo manifesto público na Capital do Estado. O protesto vai ser no dia 11 de dezembro (quinta-feira), às 11 horas, em frente do Centro Administrativo.


Antes, às 9 horas o movimento realiza a primeira assembléia geral para criação de uma entidade, autônoma e independente da Associação de Praças do Estado de Santa Catarina (Aprasc), com o objetivo de defender os interesses comuns de praças e familiares.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

19 de novembro de 2008






Aos poucos vamos adicionando mais fotos! E lembrem-se: esse dia foi apenas uma pequena amostra da nossa força! Ainda temos muita luta pela frente! Beijos

Agora temos um blog!

Hoje começamos a usar mais uma ferramenta para fortalecer nosso movimento. Espero que esse blog possa nos manter cada vez mais unidas e que cada uma de nós possa publicar aqui todas as informações importantes para nossa luta. Através desse espaço vamos tentar manter nosso calendário de mobilizações atualizado, postar nossas fotos, vídeos e textos sobre as atividades realizadas. Caso tenham dúvidas sobre como publicar suas mensagens aqui, entrem em contato comigo. Hoje já começamos com algumas fotos da manifestação do dia 19 de novembro, aproveitem. Beijos!

Lucita Cota Pereira