quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Vamos participar!

O Movimento das Mulheres que Lutam convida a todos para participar de mais um ato em repúdio ao governo de Luiz Henrique da Silveira e em apoio aos praças de Santa Catarina. Venham e tragam seus familiares e amigos para a Praça Tancredo Neves, no centro da capital, às 14 horas, de onde partiremos rumo ao Palácio do Governo para uma grande manisfetação. A luta não pode parar! Contamos com o seu apoio!

Fotos II























Fotos da manifestação feita nas ruas da capital - 17 de janeiro



























sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Comandante da PM recebe comitiva da Anaspra

Os diretores da Anaspra, vestindo a camiseta da Aprasc, foram recebidos pelo comandante geral da Polícia Militar, coronel Eliésio Rodrigues, quando pediram a suspensão dos processos contra os praças que participaram de atividade reivindicatória. Além dos diretores da entidade nacional, participaram da reunião o presidente (sargento Amauri Soares) e o vice-presidente (soldado Elisandro Lotin de Souza) da Aprasc.

O comandante não se comprometeu com os pedidos, mas pelo menos voltou a conversar com Aprasc e consentiu a manifestação visual dos diretores da entidade. Em nota publicada recentemente, o Comando da PM proibiu o uso de camisetas com estampas de associações dentro dos quartéis.

O sargento Manoel João da Costa, conhecido como J. Costa, que recentemente foi homenageado com a Medalha do Mérito Legislativo Catarinense, mas agora está incluído na lista do Conselho de Disciplina instaurando pelo Comando, também estava presente.

Em carta entregue ao comandante, a Anaspra faz três solicitações:

1 – que o Comando reconheça a legitimidade e a justiça do movimento; 2 – que o Comando inicie um processo de negociação com os praças, através da Aprasc, com a disposição clara e inequívoca de buscar solução; 3 – que o Comando assuma compromisso de não punir disciplinarmente os policiais que estão lutando por melhores condições de trabalho.

Mobilização nacional em defesa do movimento dos praças catarinenses

A reunião extraordinária da Associação Nacional de Praças (Anaspra), em Florianópolis, se transformou em uma mobilização nacional em solidariedade ao movimento dos praças e familiares e à Aprasc. O encontro reuniu 13 representantes de 10 federações de quatro regiões do país. A Anaspra e suas entidades regionais representam cerca de 800 mil praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.A senadora Ideli Salvatti (PT) participou da cerimônia de abertura do evento, no dia 15 de janeiro, e se comprometeu a abrir um canal de conversa com o ministro da Justiça, Tarso Genro, e o secretário Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi.
Ela se solidarizou com a luta da Aprasc pela integralização da Lei 254 e destacou que a punição aos manifestantes é uma forma do governo estadual desviar o foco em relação à lei salarial da categoria. Ideli também condenou a tentativa do governador de dissolver a entidade.

Anfitrião do encontro, o deputado estadual Sargento Amauri Soares, presidente da Aprasc, apresentou os policiais que tiveram seus nomes listados em Conselhos de Disciplinas, expediente mais rápido para expulsão dos quadros da polícia, instaurados pelo Comando da PM. “Esses companheiros são exemplos de policiais militares e que dedicaram toda sua vida para defender a população. Eu não conheço nenhum oficial com moral para julgá-los”, afirmou.

O deputado estadual Pedro Uczai, líder do PT na Assembléia Legislativa, também apresentou sua solidariedade e destacou a “ousadia, coragem e justeza” do movimento da Aprasc. Ele defendeu a extinção dos regulamentos disciplinares dos militares, que ele classificou de “entulho autoritário”. Durante todo o dia, vários representantes também se pronunciaram contra os códigos militares.

O ex-deputado estadual de Tocantins, sargento Manoel Aragão da Silva, afirmou que não existe outra forma de se praticar democracia nos quartéis e oferecer segurança pública de qualidade para a sociedade sem mudar o regulamento disciplinar. Aragão, que atualmente é secretário de Estado de Assuntos Parlamentares, defendeu a desmilitarização da Polícia e do Corpo de Bombeiros e chamou os Conselhos de Disciplina de “tribunal de exceção”. Ele defendeu o Código de Ética em vigor em Minas Gerais como exemplo a ser adotado pelas PMs do Brasil.

A reunião extraordinária da Anaspra continua no dia 16 de janeiro. As esposas, familiares e praças de várias regiões do Estado, que estão participando da vigília na Praça Tancredo Neves, também estão assistindo a reunião, que acontece no Plenarinho da Assembléia Legislativa.

Participam do evento os seguintes diretores: Anderson Pereira Araújo (Sergipe); Carlos Roberto Caetano (Espírito Santo); Denis Soares dos Santos (Paraíba); Elisandro Lotin de Souza (Santa Catarina); Francisco dos Santos Sampaio (Roraima); Heder Martins de Oliveira (Minas Gerais); Jean Ramalho Andrade (Espírito Santo); Jeoás Nascimento dos Santos (Rio Grande do Norte); Luiz Gonzaga Ribeiro (Minas Gerais); Manoel Aragão da Silva (Tocantins); Manoel João da Costa (Santa Catarina); Marco Prisco Machado (Bahia); e Pedro Queiroz da Silva (Ceará).

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Fotos da reunião de ontem:









By Kelen Oliveira

Reunião do Comitê de Solidariedade aos Praças

Foi realizada nesta quarta-feira (14), na vigília armada pela Aprasc, na Praça Tancredo Neves em Florianópolis, uma reunião envolvendo diversas entidades da luta sindical, partidos políticos, representações estudantis, personalidades públicas, movimentos sociais, e diretores da Associação Nacional dos Praças, que apóiam a luta da Aprasc e repudiam as atitudes ditatoriais do governador Luiz Henrique da Silveira.

Os representantes da ASPRA (Associação Nacional dos Praças) lembraram que a única forma de mudar e avançar dentro de uma instituição militar é através dos movimentos reivindicatórios. Foram citados diversos aquartelamentos e outras formas de lutas já utilizadas pelos militares nos estados brasileiros, suas vitórias e conseqüências, todas benéficas para as transformações que são necessárias dentro da corporação em todo o território nacional.

Todos se mostraram indignados com as atitudes antidemocráticas tomadas pelo governador Luiz Henrique que pediu a dissolução da Aprasc e tirou do ar o site que é o principal meio de comunicação, em uma clara afronta a liberdade de imprensa e a constituição federal.

A coação que está sendo feita às pequenas empresas que prestam serviço para a Aprasc, como confecção de camisetas, venda de marmitas e transporte de pessoas, foi comparada com as atitudes de governos como o de Adolf Hitler, que já se pensava estar superado pela história.

Os representantes das entidades presentes questionaram a atual formação militar que treina policiais para matar a sociedade civil e obedecer ordens cegamente, assim como os soldados que lutaram na Guerra do Paraguai de 1864. A luta da Aprasc foi reconhecida como de grande importância para os anseios e necessidades do povo e ganhará a força das entidades presentes que marcharão junto com a Associação de Praças de Santa Catarina.

Encaminhamentos

- Ato nacional que será realizado em Florianópolis
- Criação de um tribunal popular para julgar casos de criminalização dos movimentos sociais
- Audiência com o Ministro da Justiça, Tarso Genro;
- Audiência com a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos;
- Audiência com o governador Luiz Henrique da Silveira;

Fonte: assessoria de imprensa da Aprasc

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Artigo do Soares!

A OPRESSÃO DE UM GOVERNO QUE QUERIA SER DEMOCRATA


Na tarde de ontem, dia 12 de janeiro, o comandante geral da PM, coronel Eliésio Rodrigues publicou quatro portarias deflagrando quatro Conselhos de Disciplina contra companheiros de linha de frente do movimento dos praças e das esposas.

O 2º Sargento Edson Garcia Fortuna, o 3º Sargento Manoel João da Costa, J. Costa, o Soldado Leonel José Pereira e o Sub Tenente Gilberto Souza dos Santos estão sendo submetidos a Conselho de Disciplina para “avaliação da sua conduta ético-disciplinar, capacidade moral, profissional e da conveniência da sua permanência na Corporação, em virtude de ter incorrido em cometimento de participação em manifestação reivindicatória ocorrida entre os dias 22 e 27 de dezembro de 2008...”

O Conselho de Disciplina é o procedimento mais sumário para excluir das fileiras da instituição militar o profissional considerado incapaz do ponto de vista ético, moral e profissional, o que é um absurdo em se tratando de servidores como os quatro companheiros que passarão por essa inquisição.

O 2º Sargento Fortuna tem trabalhava há anos na Guarnição Especial situada na área continental de Florianópolis, e exercia função operacional, geralmente de sargento ronda, cumprindo sempre com presteza, pundonor, respeito e dedicação extrema sua função, arriscando a vida muitas vezes para combater a criminalidade. No dia 30 de dezembro, foi transferido, de forma arbitrária, para a Diretoria de Pessoal, no quartel do Comando Geral, sem ter recebido qualquer função. Ou seja, prejudicam a população para dar asas à vontade vingativa de um ou dois oficiais. Foi diretor da APRASC ao longo de quase toda a história da entidade.

O 3º Sargento J. Costa é o presidente licenciado da APRASC (licenciado há uns oito meses por problemas de saúde). Está na Reserva Remunerada desde o último inverno, e cumpriu trinta anos de serviço público, sem jamais ter denegrido a imagem da Corporação, pelo contrário, foi um dos seus maiores defensores.

O Soldado Leonel vinha trabalhando há anos no Programa de Resistência às Drogas – PROERD, sendo um dos seus precursores no nosso Estado. Milhares de meninos e meninas, muitos dos quais já são jovens a adultos, foram seus alunos na infância, e aprenderam que qualquer tipo de droga, lícita ou ilícita, deve ser evitada como única forma de manter a saúde e ter vida social ilibada. O Soldado Leonel foi eleito vereador na cidade de Palhoça no último pleito, e agora já está empossado. É, portanto, uma liderança dos praças de do povo de Palhoça.

O Sub Tenente Gilberto, também na Reserva Remunerada, cumpriu trinta anos de serviço na Polícia Militar, servindo a maior parte do tempo no Oeste do Estado, mas tendo sido também policial militar em várias unidades da Grande Florianópolis no final a década passada e início da década atual. Tragam o histórico profissional desse servidor que por certo serão poucos os oficiais que terão a mesma capacidade nos quesitos que o Conselho de Disciplina pretende avaliar. O ST Gilberto, quando sargento, foi presidente da Associação de Sub Tenentes e Sargentos.

Agora estes quatro companheiros, que deveriam ser motivo de orgulho para a Polícia Militar, serão julgados em um Conselho de Disciplina formado por três oficiais, dos mais “linha duras” da Instituição.

É a forma de governador Luiz Henrique tratar aqueles que há dois anos ele abraçava em atos públicos, pedindo o voto. Nestes eventos, todos públicos, LHS prometeu mudar os regulamentos militares, e não o fez. Agora determina aos oficiais mais reacionários que os praças que protestam contra sua enrolação sejam punidos severamente.

Naturalmente, os praças não deixarão isso ocorrer da forma como pensam que vai ocorrer. A categoria continua mobilizada, e vai estar onde seja necessário para garantir a liberdade de se organizar, a liberdade de informação, a liberdade de reivindicação.

Muitas e importantes organizações populares já sabem dessa iniciativa do comandante, a mando de Luiz Henrique, e o Brasil inteiro estará aqui em breve para fazer solidariedade a estes e a todos os companheiros que venham a ser inquiridos.

A dignidade humana vale mais que o orgulho de uma casta arrogante e pouco útil para a população. Temos certeza que nossas teses, todas elas, são de interesse público, ao contrário dos arbítrios patrocinados por alguns, que valorizam mais seus regulamentos arcaicos do que a dignidade e a vida humana.

A APRASC e o Movimento das Esposas e Familiares não arredarão pé da mobilização, e esse trabalho só cresce. Estamos encaminhando nossas atividades todas no caminho da paz, mas isso pode mudar quando a estupidez obtusa de alguns pretensos iluminados ultrapassar a linha de sensatez tão necessária ao convívio humano. Eles estão pisando sobre essa linha desde o dia 22 de dezembro, e nós continuamos no caminho da paz. Se tivermos que mudar de tática, foi por provocação de meia dúzia de oficiais, incentivados pelo governador Luiz Henrique.

Florianópolis, 13 de janeiro de 2009.


Deputado Amauri Soares
2º Sgt RR Presidente Interino da APRASC

NOSSA PAZ É MAIS FORTE QUE A GUERRA DELES

Enquanto os adoradores da obediência cega querem estabelecer um regime de guerra psicológica, nós continuamos construindo o movimento pacífico e consciente de falar com as pessoas, e falar apenas a verdade. Basta isso, a verdade, pois a sociedade já cansou dos discursos oficiais que buscam confundir, repetindo engodos que já enganam poucos.

As vontades vingativas de alguns oficiais terão que se recolher na escuridão do medo que eles sentem da consciência organizada dos praças e do Movimento das Esposas e Familiares. Se quatro mulheres coletando assinaturas em Balneário Camboriú é suficiente para fazer com que evacoem o quartel da cidade e coloquem lá dentro, em defesa, um pelotão de choque, o que será que vão fazer quando milhares de pessoas baterem às suas portas???

A sociedade está do nosso lado, e também a imensa maioria dos praças. A APRASC nunca esteve tão forte! Basta andar com ficha de filiação que crescemos todos os dias. Quanto mais nos atacam, mais crescemos, e isso foi assim desde 2001.

Agora instalam alguns Conselhos de Disciplina, contra praças de reconhecida capacidade profissional, de elevada consciência social e de insuperável idoneidade ética. E pensam que nós e que a sociedade deixaremos que fique por isso mesmo?! Pensam que abandonaremos alguns dos nossos melhores guerreiros à sanha insana de alguns maníacos por regulamentos inconstitucionais?! Se os praças calassem, a sociedade gritaria sozinha. Mas nós não calaremos, e a sociedade, com imensas organizações populares, descerão em nosso apoio, de todas as regiões do Estado, de todos todos os estados da Nação, e de muitos países do mundo.

A população, espontaneamente, vem assinar em nosso favor e em repúdio às atitudes ditatoriais do governador Luiz Henrique e de meia dúzia de oficiais prepotentes e sem balisa humanitária. E eles não vão informar LHS desse fato extraordinário de que a população está nos apoiando massivamente! Não informarão ao rei por conveniência e também por medo do comportamento desequilibrado do governador quando se fala em praça. O monarca absoluto, Luiz XV, não consegue admitir a verdade cristalina daqueles que lutam pelas mudanças que o tempo histórico exige, mudanças que le prometeu e não cumpriu.

Ganharemos pela paz e pela consciência organizada dos praças e das "Mulheres que Lutam". E persistiremos na tática da paz, como tem sido em todos os momentos. Eles é que querem guerra, eles é que sacam armas, eles é que agridem mulheres, eles é que ficam muito valentes quando em maioria e com seus regulamentos nas mão! Nós sempre buscamos a paz, e convidamos eles tantas vezes a virem conosco, mas eles preferiram ficar com seus regulamentos arcaicos e convenceram Luiz XV que a estupidez deve prevalecer. Agora nenhum deles terá coragem para informar ao monarca que o povo apóia as mudanças, que nós representamos, pois o imperador pode ficar desequilibrado, e tomar atitudes ríspidas contra sua própria tropa de bajulação. Nós queremos a paz, mas também entendemos de guerra. Se é guerra que querem, poderão ter, pois já fomos pacientes demais com gente desqualificada, já respeitamos demais quem merece pouco respeito, se é que merece algum, no caso de meia dúzia de adoradores da obediência cega.

Quem tocar no Fortuna, no J. Costa, no Leonel e no Gilberto, terá que se ver com todos nós e com uma multidão de gente do povo que eles nem imaginam quantos possam ser. Vamos desmontar essa bastilha antes que a levantem, podem acreditar. E, se tem alguém com interesse e capacidade de falar a verdade ao imperador, é preciso que lhe digam que todo Luiz XV tem seu 14 de julho.

SEGUIREMOS ADIANTE, MONTANDO VIGÍLIAS, FALANDO COM A POPULAÇÃO, AMPLIANDO APOIOS DE FORÇAS SOCIAIS. CONTINUAREMOS NA PAZ, ATÉ QUE O ESPÍRITO HUMANO SE EXPANDA PARA ALÉM DO CONVENCIONAL, E UM OCEANO DE INJUSTIÇAS HISTÓRICAS ENGOLIDAS SEJAM DERRAMADAS SOBRE AS ESTRUTURAS FRÁGEIS E CORROÍDAS PELOS CUPINS DOS TEMPOS. TALVEZ ISSO COMECE A COLOCAR A CASA EM ORDEM, NO SENTIDO DE CONSTRUIR AQUILO QUE A SOCIEDADE PRECISA AO INVÉS DE PRESERVAR, OU RETROAGIR, PARA AQUILO QUE SÓ SERVE PARA INFLAR O EGO DOS ADORADORES DA OBEDIÊNCIA CEGA.

Claro que nossa luta continua, e melhor do que antes!

"Saudações a quem tem Coragem!"

Sargento RR Amauri Soares
Presidente Interino da APRASC

Sobre a reunião...

DELIBERAÇÕES DA DIRETORIA APRASC

A diretoria da Aprasc (Associação de Praças do Estado de Santa Catarina) reunida extraordinariamente no último domingo (11/01), no Centro da Capital do Estado de Santa Catarina, decidiu:

- Continuar com a vigília cívica montada em Florianópolis e São Miguel do Oeste e com a coleta de assinaturas, por tempo indeterminado, ampliando para outras cidades do Estado esse trabalho;
- Realizar atos públicos onde haja grande concentração de pessoas, a começar pelo Planeta Atlântida 2009;
- Utilização de carros de som para divulgar o movimento dos praças e o repúdio às atitudes ditatoriais do governador Luiz Henrique da Silveira;
- A articulação em nível nacional de um ato público em solidariedade a Aprasc e a luta dos praças e familiares, com a participação de entidades do movimento popular e personalidades públicas;
- Participação da Reunião Extraordinária da ANASPRA (Associação Nacional de Praças), que se realizará em Florianópolis nos dias 15 e 16 de janeiro, tendo como um dos temas centrais a situação dos praças em Santa Catarina ;
- Ampliação da assessoria jurídica que está em regime de plantão 24h por dia;
- No caso de qualquer punição aos participantes do movimento realizado entre 22 e 27 de dezembro de 2008, será liberada uma desfiliação em massa da Abepom (Associação Beneficente dos Militares Estaduais de Santa Catarina), entidade dirigida por oficiais, mas sustentada pelo grande número de praças filiados;
- Não será tolerada a punição ou prisão de qualquer praça que participou das atividades reivindicatórias. Caso ocorra tal fato, em qualquer cidade do Estado, os praças se mobilizarão imediatamente em apoio contra qualquer arbitrariedade cometida, e se apresentarão para cumprir a pena junto com os companheiros de luta;

A Aprasc é uma entidade legalmente constituída, possuindo no seu quadro de associados quase 10 mil filados, e representa legitimamente os praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado de Santa Catarina, sendo reconhecida por estes como sua interlocutora em qualquer negociação. A APRASC não reconhece o Regulamento Disciplinar da Polícia Militar (RDPM) e o Código Penal Militar como leis legítimas, pois estão erigidos sobre princípios discriminatórios e anacrônicos. Essas leis ilegítimas ferem direitos constitucionais e não estão em conformidade com os anseios da população.

A Segurança pública não precisa dos regulamentos militares da forma como estão hoje, muito pelo contrário, tais regulamentos aplicam a “lei da mordaça”, impondo o silêncio da maioria diante dos abusos de autoridade de alguns, facilitando até mesmo o acobertamento de situação de malversação de recursos públicos.

Não somos contra a hierarquia e disciplina, muito pelo contrário. Nosso próprio movimento tem hierarquia e disciplina, assim como são conceitos e práticas existentes em qualquer relação humana, em qualquer instituição. O que defendemos é que a segurança pública possa ser planejada, discutida, debatida por todos os policiais e bombeiros militares em sintonia com as mais diversas entidades da sociedade civil. Queremos a hierarquia e a disciplina consciente e voluntária, feita pela compreensão mais elevada de que o fundamental é a qualidade e a quantidade do serviço que se presta à população. Para nós, é mais importante trabalhar bem para a sociedade do que aprender, na forma de autômatos, a dizer, sempre, “sim senhor”!

Queremos o que nos é devido de acordo com o que está previsto na Lei Complementar 254/03; queremos que coloquem o plano de carreira em prática, fazendo efetivamente os cursos ali previstos; queremos que mudem os regulamentos militares de forma a valorizar o ser humano que pensa e não a obediência cega; queremos um programa de moradia que garanta dignidade à família dos policiais, bombeiros e agentes prisionais; queremos mudanças nas estruturas de segurança, onde esteja em primeiro lugar as necessidades tão sentidas pela sociedade e não o orgulho de meia dúzia de oficiais que pensam que ainda estamos na monarquia absoluta.

Repudiamos com veemência a atitude do governador do Estado, Luiz Henrique da Silveira, de pedir a dissolução (fechamento) da APRASC na justiça. Repudiamos a fechamento de nossas páginas na rede mundial de computadores. Repudiamos as ordens oportunistas, casuísticas e ilegais de sobreaviso por tempo indeterminado, emitidas pelo comandante geral da PM.

Repudiamos a tentativa ilegal e proibir o uso de camisetas e estampas da APRASC (ou de
qualquer outra associação) no interior das esferas e administração policial militar. Repudiamos os anúncios feitos pelo Governo e pelo Comando da PM de que não negociam com a APRASC, pois isso significa decretar ilegalmente que somos criminosos, sem trânsito em julgado de absolutamente nada.

Repudiamos a atitude de alguns oficiais que estão coagindo empresas a deixar de prestar serviços à APRASC, pois nunca deixamos de honrar nenhuma obrigação com nossos fornecedores e temos quitado nossos compromissos financeiros sempre no prazo, ou antes mesmo de vencido o prazo. A justiça, um dia, haverá de se pronunciar sobre tudo isso, e dizem que ela tarda, mas não falha!

A mobilização continuará até que tenhamos encaminhamentos aceitáveis para nossas demandas. Aqui encontram uma categoria formada por homens e mulheres honrados, que cumprem suas obrigações, que reivindicam seus direitos, que já tiveram paciência demais com autoridades que não cumpriram suas obrigações e nem mesmo suas palavras. Nossa dignidade está acima de qualquer valor monetário, e muitos já têm jurado, mais uma vez, seguir lutando até a morte se isso for necessário.

DIRETORIA DA APRASC

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Fotos da coleta de assinaturas no centro ca capital











By Kelen Oliveira

Assinaturas!

É com muita satisfação que dou a notícias que já foram colhidas quase 4 mil assinaturas para o abaixo-assinado em repúdio ao governador e apoio aos praças de SC. Somente no dia de hoje, 2.500 pessoas se solidarizaram com a causa e deixaram seu manifesto contra essa política arbitrária e insana do nosso pudim de cachaça mór! O pouco tempo que fiquei na esquina democrática, onde uma tenda da Aprasc está montada para o recolhimento de assinaturas, me surpreendi com o interesse da população em demonstrar apoio a causa dos praças e fiquei muito feliz que assim o fizereram de maneira consciente. É isso aí pessoal, a luta é contínua! Força e saudações a todas e todos!

Kelen Oliveira

Objetivo da ação!

Muitos ainda se perguntam qual o motivo da vigília montada pelos praças e familiares. Pois bem, não há melhor forma de explicar do que colocar aqui parte do texto divulgado pelo Sargento Soares:

"Embora tenhamos suspendido a tática de fechamento dos quartéis no dia 27 de dezembro, eles só não começaram a punir e prender porque ainda continuamos mobilizados. Em vigília aqui na capital e em São Miguel do Oeste, em tempo permanente e indeterminado. Se houver possibilidades, montaremos em outras regiões também. Temos absolutamente claro que é só o tempo de desmontarmos os acampamentos, deixando a vigília , e os algozes caem sobre nossas costas, com toda sua ira. Por isso precisamos mantê-las, a todo custo.

Sobre as ameaças dos oficiais é muito simples: eles querem nos assustar, mas estão com mais medo de nós do que nós deles. São iguais a cachorro jaguara: se você encarar, eles ficam parados; se você der três passos em frente, eles correm; se você correr, eles te mordem no calcanhar, da forma mais traiçoeira e covarde, como sempre fizeram. Por isso nossa tática é avançar em todo o Estado, essa sempre foi a forma da Aprasc agir: todos juntos, ao mesmo tempo, numa mesma direção. Se perdermos isso, perderemos tudo e podemos até mesmo desmanchar a Aprasc e deixar que eles continuem ditando seus absurdos por mais 170 anos.

Precisamos de vocês do Sul e Extremo Sul nessa luta!A vigília e o abaixo-assinado em apoio dos praças e em repúdio ao governador LHS é o que podemos fazer de melhor nesse momento!"

Vale a pena ler o texto na íntegra, mas com essa parte já se pode saber o porque dessa tática e o quão importante ela é no momento atual.

Ontem estive com as mulheres no acampamento montado na praça Tancredo Neves. Enquanto a diretoria da Aprasc se reunia em outro local para articular os próximos passos, as mulheres definiam ações para que o objetivo de tudo isso obtenha êxito. No grupo feminimo, mulheres de Florianópolis, São José, Curitibanos, Palhoça, Balneário Camboriú, Porto Belo, Lages, Itapiranga, Chapecó, Itajaí, Capinzal e Monte Carlo. Com coordenações já pré-definidas em assembléia anterior, foram debatidos os ajustes para o bom andamento da vigília e feita a troca de idéias sobre formas de mobilizações.

Como a lei da mordaça nos puniu retirando do ar os sites do deputado Soares e da Aprasc, vamos tentar fazer desta ferramenta um canal de comunicação entre todos que participam do movimento, leiam, adicionem seus comentários, enviem o endereço do blog para todos da sua lista de e-mail e se tiverem endereços e telefones de imprensa da sua região, divulguem aqui para que possamos chamar a atenção de toda mídia catarinense para o que está acontecendo.

Voltarei com mais notícias e imagens da luta! Grande beijo mulherada:)

Kelen Oliveira

Fotos da vigília no dia 11 de janeiro, em Floripa!















By Kelen Oliveira

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Governador Luiz Henrique continua enrolando

Como prevíamos desde o mês de dezembro, essa reunião que setores do governo estavam marcando para o dia 7 de janeiro, não traria nenhuma novidade com relação aos nossos principais pontos de reivindicação. Desde há muito tempo, sempre que marcamos uma mobilização, o governo indica uma reunião para momento posterior, oportunidade em que mais uma vez empurra com a barriga.

Se tivéssemos qualquer motivo para acreditar que na data de 7 de janeiro o governo apresentaria de fato alguma proposta palpável, não teríamos realizado a paralisação no final de dezembro. Nossa avaliação estava correta, pois no dia de ontem, o governo criou mais um factóide, e não disse nada de concreto.Pagar remuneração integral às viúvas de policiais e bombeiros mortos em serviço não depende de anúncio de secretário de Estado, pois é um assunto que só pode ser resolvido por mudança da lei previdenciária, que não prevê esse direito às pensionistas, mesmo aquelas viúvas de servidores mortos em serviço.

É preciso projeto de lei, encaminhado à Assembléia Legislativa, e depende dos cofres da conta única do governo para pagar, pois a lei previdenciária não prevê isso.Quanto às medidas de moratória de três meses sobre os empréstimos consignados, é outra decisão que não depende do secretário da Segurança Pública, e precisa de muito debate para esclarecer o que realmente significa isso.

Quanto ao Plano de Carreira dos policiais civis, o governo já enrola há mais de cinco anos, e mesmo o nosso, dos servidores militares, já aprovado em 2005, está praticamente congelado pela inércia das autoridades do governo e das instituições militares.Resumindo, o governo fez todo um alarde, reuniu a imprensa para não dizer nada de substancial.

Nosso movimento continua, portanto, como o previsto. Estamos desde as 14 horas do dia 7 de janeiro em vigília permanente nas duas pontas extremas do Estado, na capital, Florianópolis, e na região da fronteira, em São Miguel do Oeste. Nossa tática durante esse mês de janeiro é a vigília cívica, convidando os praças, familiares e pessoas de bem do nosso povo para essa atividade. Se não houver mais nenhuma estupidez por parte das autoridades, durante o mês de janeiro permaneceremos assim.Nossa pauta de reivindicações continua a mesma: lutamos por um cronograma de pagamento da Lei 254; lutamos pela efetivação do Plano de Carreira; lutamos pela mudança dos códigos e regulamentos militares; lutamos por moradia digna e longe das áreas de risco para todos os policiais, bombeiros e agentes prisionais; lutamos para que não haja perseguição e punição aos que se mobilizam por justiça e por dignidade; lutamos pelo direito da APRASC existir e defender mudanças na segurança pública; lutamos pela libertação das nossas páginas na internet, seqüestradas à pedido do governador Luiz Henrique e do Comandante Geral da PM.Estamos em vigília permanente, e assim continuaremos.

Estamos cientes de que a maioria absoluta dos servidores de segurança nos apóia. A cada dia recebemos mais apoio da categoria. São manifestações emocionadas mesmo daqueles que trabalham lá no lado dos oficiais nas repartições administrativas. Todos sabem da justeza do nosso movimento, e querem um desfecho favorável ao conjunto dos servidores, pois só isso pode devolver a situação de normalidade às instituições e evitar episódios de barbárie.As autoridades continuam cometendo seus abusos, a cada dia dando mais demonstrações de despreparo.

Transferências de policiais de unidades operacionais para espaços administrativos, diminuindo o número de servidores na missão fim da Polícia Militar; extinção de pelotões de patrulhamento tático (PPT), que são as guarnições reforçadas para dar suporte nas ocorrências de maior vulto, o que significa dizer que estão enfraquecendo a Polícia Militar em seu poder de combate à criminalidade; deslocamento de efetivos para, supostamente, impedir que voltemos a fechar quartéis, uma atitude inútil, pois se fosse para fechar eles só saberiam depois.

O governo continua intransigente, cuspindo rancor e autoritarismo. Quando seus assessores informam que ele não negocia com a APRASC, por não reconhecer sua legitimidade, está montado no monstro do obscurantismo político, pois somos disparados a entidade mais legítima de todas que representam servidores da segurança em Santa Catarina. A APRASC tem quase 10 mil filiados, o dobro da soma de filiados de todas as outras entidades.Recorremos sempre à sensatez que deve existir na cabeça de pelo menos alguns dos integrantes desse governo.

Certamente a lei da mordaça não funcionará para uma categoria que saiu dos fundos dos quartéis e está há anos na luta por direitos e por dignidade. Já lutamos em circunstâncias parecidas, e não baixamos a cabeça, mesmo quando éramos apenas 1.200 filiados na APRASC. Agora, com quase dez mil, por que será que haveríamos de nos curvar a um governador desequilibrado e a meia dúzia de oficiais que consideram seus regulamentos arcaicos mais importantes que a própria Constituição do país?Por certo venceremos, pois estamos ao lado dos anseios da imensa maioria dos servidores da segurança pública, e estamos ao lado também da maioria da população catarinense.

Nossas teses coincidem com a vontade e a necessidade da população em ter uma segurança pública melhor do que a atual. Podemos ter a melhor segurança pública do país e até do mundo. Basta que as autoridades não matem a galinha dos ovos de ouro, que são justamente os policiais e bombeiros. Se aniquilarem a alma das instituições, que são os seus servidores da base, então não só os policiais e bombeiros perderam, mas toda a sociedade será sacrificada, e tudo para satisfazer o desejo tacanho de meia dúzia que não fazem a menor falta ao Estado a à sociedade.Os praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, o Movimento das Esposas e Familiares de Praças, continuam firmes em seu propósito, absolutamente conscientes de que estão do lado da verdade e da razão humanitária que quer construir o novo e buscar justiça para os injustiçados e mais segurança para a sociedade. Buscamos o seu apoio!

Florianópolis, 08 de janeiro de 2009 – 03:10h2º

Sargento Amauri Soares
Presidente interino da APRASC e deputado estadual

Governo promete negociação, mas não apresenta proposta concreta. Mobilização continua

A Aprasc retomou sua mobilização no dia 7 de janeiro, data apresentada pelo governo para voltar a negociar com os representantes dos servidores da segurança pública, a fim de exigir do governo do Estado o cumprimento da Lei 254. O protesto começou com uma concentração, às 14 horas, na Praça Tancredo Neves, que reuniu cerca de 150 pessoas de várias regiões e da Grande Florianópolis. Em seguida, às 16h30min, os praças e familiares fizeram um protesto em frente ao Centro Administrativo, sede do Executivo.

A vigília cívica dos praças, esposas e familiares foi inaugurada e vai ficar em funcionamento por tempo indeterminado.O protesto terminou com o ato ecumênico realizado em frente ao Quartel do Comando da Polícia Militar, ministrado por representante católico e evangélico. O soldado Leonel José Pereira, instrutor do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) e vereador de Palhoça, conduziu o ato religioso. Leonel também é diácono e ministro da palavra e eucaristia. O pastor Isaac Cunha, da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, também participou do ato.

Durante todo o dia, a cúpula da Secretaria da Segurança Pública ficou reunida e, no final da tarde, apresentou à imprensa, em entrevista coletiva, o resultado da reunião. O Executivo não apresentou proposta referente ao pagamento da Lei 254. Em nota, publicada no site oficial do governo do Estado, informou que “não vai mais negociar com a Aprasc” porque, segundo a Procuradoria Geral do Estado, a entidade “não tem legitimidade enquanto perdurar as ações judiciais”.

O deputado Sargento Amauri Soares, presidente da Aprasc, repudiou a manifestação do governo e defendeu a legitimidade da entidade, que conta com quase 10 mil filiados, sendo a maior entidade representativa do grupo segurança pública, e quatro vezes maior que a segunda colocada. “A Aprasc tem o apoio e a colaboração de mais de 90% dos policiais e bombeiros militares e ainda tem a simpatia dos agentes prisionais e policiais civis”, garantiu. A entidade congrega praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros (soldado, cabo, sargento e subtenente).Para Soares, o governador está “desequilibrado” e agindo errado com a categoria que o apoiou na primeira e na segunda eleição para o governo.

Através da PGE, o governo pediu na Justiça a dissolução da Aprasc e a censura ao site da entidade. O juiz só atendeu ao pedido de suspensão do principal meio de comunicação.BopeDesde às 6 horas da manhã, forças especiais ocuparam as entradas do complexo do comando, onde se localiza o Quartel do Comando Geral da PM, o 4º Batalhão e a Diretoria de Apoio Logístico e Financeiro. A expectativa da direção da PM era que houvesse uma nova atividade de paralisação dos quartéis, apesar da Aprasc informar com antecedência que faria apenas vigília e ato ecumênico.

Dois soldados do Batalhão de Operações Especiais (Bope) se rebelaram contra o comando, se negando a participar de qualquer atividade de repressão aos próprios praças e familiares. Eles tiveram que deixar a farda preta para usar o fardamento cáqui, comum às tropas regulares, e foram transferidos para outro setor.

Extremo-oeste
Em São Miguel do Oeste, a vigília começou às 14 horas e contou com a participação de mais 100 pessoas, na esquina das ruas Duque de Caxias e Almirante Tamandaré, no Centro. A imprensa local cobriu o protesto. A mobilização na Capital do Extremo-oeste vai continuar diuturnamente por tempo indeterminado.

Imprensa da Aprasc

De lá pra cá...

Os dias passaram, mas a sede de justiça não. Enquanto o Movimento das mulheres que lutam junto com seus companheiros aprasquianos pela dignidade dos seus se articulava para mais uma batalha, o governo insano de Luiz XV – parafraseando o deputado Sargento Amauri Soares – aclamava aos soldadinhos de chumbo para se equipar de seus artefatos bélicos. Aqueles que se negaram a vestir a armadura foram excluídos do exército do imperador. Bom para eles!

Deixando de lado o lado poético desta não-ficção, e falando em caráter mais eficaz e informativo dou meu parecer aos fatos:

Do dia 22 ao dia 27 de dezembro de 2008 não faltaram guerreiros e guerreiras (veja bem, disse guerreiros e não guerrilheiros) para enfrentar a batalha do bem contra o mal nessa luta incansável pelo cumprimento da Lei 254 e demais direitos garantidos aos servidores da base da segurança pública. Aliás, não posso deixar de comentar o adjetivo infeliz que o senhor governador empregou a essa categoria: guerrilheiros! Gente, eu poderia até argumentar que ele só podia estar bêbado quando cometeu tal disparate, mas isso não seria novidade... Cogitei a hipótese de ele ter cometido um erro de linguagem, tropeçando na língua como lhe é de costume, tal como nas próprias pernas também... Mas tive a certeza de que o homem, que hoje pode ser sem pudores chamado de o maior caloteiro do Estado, quis mesmo ofender aqueles que tanto já fizeram “por toda Santa Catarina”.

Que dá vontade de escrever aqui um monte de coisas verídicas e nada bonitas sobre o tal sujeito dá, mas prefiro usar o espaço para exaltar a força do povo realmente trabalhador, dos que não fogem da luta, dos que embora, sofridos e chicoteados pelas mãos da ganância capitalista, não deixam de acreditar que a justiça existe e será feita. Estou falando dos tantos homens e mulheres que ainda têm hombridade nesse mundo. Daqueles que saíram do conforto de suas casas e foram às ruas reivindicar seus direitos. Direitos esses surrupiados pelo poder inconseqüente de gente sem caráter, de uma penca de politiqueiros corruptos e sem vergonha na cara.

O que se viu em Santa Catarina nos últimos dias de 2008 e agora novamente na tarde de ontem foi uma amostra de que pode existir sociedade organizada, de que existe gente que não abaixa a cabeça, nem fecha os olhos para a injustiça, de gente que está disposta a se sacrificar em prol da verdade. Não vou citar aqui o catálogo de absurdos promovidos pelo governo de LHS, principalmente aos servidores da segurança pública e quando digo SERVIDORES, estou me referindo àqueles que realmente trabalham para ajudar a sociedade e não a meia dúzia de capachos (oficiais) que se penduram nas pernas bambas e língua travada do governador a fim de manter seus cargos de ditadores da nossa pequena província.

A sociedade precisa saber: homens de bem estão sendo punidos, humilhados, enxovalhados por um poder hierárquico corrompido pela presunção ridícula de um regulamento arcaico e desumano existente dentro da instituição da Polícia Militar. Estamos de volta à época da censura, completamente paradoxal aos dias atuais. Voltamos à lei da mordaça, voltamos ao tempo dos senhores feudais... Não é possível aceitar essa regressão humana e social, não é possível que ainda exista gente que se agarre a bandeira do conservadorismo para destilar o preconceito, para criminalizar os movimentos sociais, para chamar de vagabundos e baderneiros aqueles que não aceitam a opressão de um governo ditador.

Está mais do que na hora do povo se organizar e dizer não a essa falta de respeito com os trabalhadores. De dizer não a falta de políticas públicas que defendam o bem comum a TODA a sociedade e não apenas a meia dúzia de abutres magnatas. Estamos cansados de ver tanta baixaria, estamos cansados de ver o rico ficar cada dia mais rico e o pobre mais pobre. Estamos cansados de desculpas esfarrapadas, de discursos demagógicos... Estamos cansados, mas não estamos mortos!

Kelen Oliveira

Imagens que falam por si - 07 de janeiro

O encontro na praça:

A chegada no Centro Administrativo:




A recepção do Comando Geral:

De camarote:



O lado de lá e o lado de cá:
Os dois lados:




By Kelen Oliveira