sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Nota do movimento das esposas e familiares de praças de SC

Nós esposas e familiares dos Policiais e Bombeiros militares de SC estamos nos mobilizando junto com todos os nossos em busca do cumprimento da lei 254. Essa lei foi construída por todo o governo e por entidades representativas dos servidores tendo sido sancionada pelo atual governador há cinco anos. Trata da política salarial dos servidores da segurança pública, com o objetivo de restabelecer a justiça salarial numa escala vertical de salários, onde o menor salário seja pelo menos ¼ do maior salário.Em 2004 e 2005 o governador fez algumas concessões, com abonos que somam R$ 290,00 e 20% da gratificação de atividade.

Mas já faz três anos que o governo não apresenta nenhuma proposta de incremento salarial para os servidores da segurança, não obstante todas as nossas tentativas de negociação em todo esse período.Estamos nessa luta, que é justa e legítima, em busca de dignidade, respeito de valorização de nossas famílias. É preciso esclarecer à população catarinense que conhecemos a realidade de nossos lares, a dificuldade na hora de ir ao mercado, de procurar assistência à saúde, colégio e moradia.Por todos esses motivos estamos há cinco dias em frente aos quartéis.

Passamos o natal e, se preciso for, entraremos 2009 unidos e fortes junto com nossos familiares policiais e bombeiros militares. Não abandonaremos essa luta! Vamos sim buscar fortalecê-la a cada dia.É importante esclarecer algumas inverdades que o governo Luiz Henrique e outras autoridades vêm divulgando:
1 – O Movimento das Esposas e Familiares é autônomo e independente, sendo assim, estamos aqui por livre e espontânea vontade. Ninguém está nos usando ou forçando a ficar na frente dos quartéis;
2 – Não existe motim de policiais e bombeiros, pois nossa arma mais potente é nossa vida e nossa disposição de persistir. Estamos, sim, em manifestação pacífica!
3 – É preciso que o governador do Estado assuma diante da população de Santa Catarina que a culpa da situação da segurança pública tem nome e sobrenome: Luiz Henrique da Silveira, Nós procuramos vários canais de negociação e não foi apresentada nenhuma proposta. Ou seja, faltou vontade política para resolver ao longo dos três últimos anos e não deixar chegar aonde chegou;
4 – É preciso que a cúpula da segurança pública para de enganar a população, respeite o povo catarinense e os turistas, e fale que a segurança está comprometida;
5- É preciso dizer que só encerraremos o movimento das esposas e familiares quando for acertado que não haverá punição a nenhum de nossos familiares.Nós esposas e familiares de praças, queremos juntas com nossa família construir outra história para os praças de Santa Catarina, uma história de dignidade e respeito, porque nós temos esse direito e porque a sociedade precisa de policiais e bombeiros conscientes de sua missão.

MOVIMENTO DAS ESPOSAS E FAMILIARES DE PRAÇAS – Mulheres que Lutam!

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